Galáxia e via láctea


Talvez você nunca tenha ouvido falar da NGC 6744, uma galáxia a cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra, mas certamente ela lhe parecerá familiar.
A bela galáxia em espiral, localizada na constelação austral de Pavo (Pavão), é praticamente uma cópia da Via Láctea, mas cerca de duas vezes maior.
"Se dispuséssemos da tecnologia para sair da Via Láctea e pudéssemos observá-la de cima para baixo no espaço intergaláctico, veríamos uma imagem parecida com esta: impressionantes braços em espiral, envolvendo um núcleo denso e alongado e um disco de poeira”, escreveu Richard Hook, secretário de imprensa do Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês).
"Há até uma galáxia próxima distorcida, a NGC 6744A, vista aqui como um borrão na parte inferior direita da NGC 6744, que lembra uma das Nuvens de Magalhães, vizinhas da Via Láctea”, acrescentou.
A foto foi tirada pelo instrumento Wide Field Imager, preso ao telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, do Observatório de La Silla, no Chile, ligado ao Observatório Europeu Austral. Foi montada a partir de imagens obtidas por quatro filtros diferentes, representadas aqui em azul, verde, laranja e vermelho.



As galáxias

A galáxia é uma coleção de massas solares que podem conter entre 100 mil e 3.000 bilhões de estrelas.
Elas se reúnem em grupos e supergrupos e possuem várias formas.
Ninguém sabe com precisão quantas galáxias existem no Universo, mas a nossa, a Via Láctea, é apenas uma entre milhares ou talvez milhões.
A Via Láctea é uma galáxia em espiral que se estende por 100 mil anos-luz de diâmetro.
As galáxias em espiral tendem a possuir estrelas mais jovens e brilhantes, enquanto as galáxias elípticas, que são as mais comuns, contêm estrelas mais antigas.
Andrômeda é muitas vezes descrita como a nossa galáxia gêmea, porque tem mais ou menos o mesmo tamanho, a mesma forma e idade.


A Via Láctea e seus 50 bilhões de mundos


Que tal este cálculo astronômico? Existem pelo menos 50 bilhões de exoplanetas na nossa galáxia. E tem mais: os astrônomos calculam que 500 milhões destes mundos alienígenas provavelmente se localizam no interior das zonas habitáveis de suas estrelas.

Então, quantos destes planetas abrigam a vida? Infelizmente, não há uma estimativa para esta pergunta.

Este anúncio foi feito no sábado pelo cientista-chefe da Missão Kepler, William Borucki, da Associação Americana pelo Avanço da Ciência, em Washington DC. Na verdade, a missão não contou 50 bilhões de exoplanetas, mas chegou a este número pelas extrapolações dos dados registrados pelo telescópio espacial até esta data.

Por exemplo, como a missão Kepler localizou 1.235 candidatos a exoplanetas até agora – 53 dos quais orbitam estrelas em suas zonas habitáveis – e sabendo aproximadamente quantas estrelas existem na nossa galáxia (acredita-se que existam cerca de 300 bilhões de estrelasna Via Láctea), pode-se gerar uma estimativa de quantos planetas estão orbitando estas estrelas.

A missão Kepler estudou apenas 1/400 do céu, e pode detectar apenas os exploplanetas que passam diante (ou estão “em trânsito”) de suasestrelas-mãe. No entanto, é preciso mais tempo para detectar exoplanetas que orbitam a uma distância maior de suas estrelas.

Considerando todos estes fatores, pode-se gerar uma estimativa maisbaixa. Mas é provável que existam mais do que os 50 bilhões de planetas que Borucki descreve.

Calcular esta estimativa é relativamente simples, mas calcular quantos destes mundos poderiam abrigar vida é mais complicado. Como sabemosque a vida só existe em um único planeta da Via Láctea (a Terra, caso ainda tenham alguma dúvida), nenhuma suposição estatística pode chegar a uma estimativa do número de seres extraterrestres da nossagaláxia.

Tais estimativas podem parecer triviais, mas colocam a busca por extraterrestres em perspectiva. Existem pelo menos 50 bilhões de planetas capazes de desenvolver formas básicas de vida? Quantos deles permitiriam a evolução de civilizações avançadas?

Se existem alienígenas lá fora, a próxima pregunta de Borucki é: “por que ainda não nos visitaram?”. Ao que ele mesmo respondeu com: “eu não sei”.

Eu me pergunto se algum dia saberemos…



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